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abril.2016

O Rei do iPhone – Quando o bom atendimento passa a ser um diferencial

O caso do Rei do iPhone por outro prisma.

Até agora um post com mais de 301 mil likes, por volta de 68 mil compartilhamentos e uma fanpage com 28 mil seguidores (aumento de 274.160% de uma semana para outra), apenas em um simples depoimento orgânico e, aparentemente, sem maiores pretensões.

Alguns de vocês podem ter sido impactados por este post, no qual um jovem detalhou a sua experiência positiva em uma loja na famosa rua de eletrônicos de São Paulo, a Santa Efigênia.

Certamente, lá deve existir centenas de lojas que fazem manutenção de iPhones e outros smartphone, mas uma em especial se destacou muito nesta última semana simplesmente por um gesto de honestidade e respeito com o consumidor. Diga-se de passagem, o que está um pouco difícil de encontrar no mercado em geral.

Infelizmente, o que deveria ser um procedimento normal no dia-a-dia, não é uma prática comum.  Até costumo dizer que nós brasileiros estamos nivelando sempre para baixo o nosso padrão de atendimento em geral.  A “neurose” do momento no ambiente digital é simplesmente não estar no Reclame Aqui, ou não ter reclamações nas redes sociais.  As empresas não estão pensando no maior, no melhor, no nível mais alto de experiência e satisfação do seu cliente, o olhar está sempre voltado para baixo, para o básico, para o satisfatório que é apenas “não ter nenhuma reclamação”.

Voltando para este caso do Rei do iPhone, vejo que ele se encaixa muito em um fenômeno que vem acontecendo no ambiente digital, a proliferação do bem. O anseio que as pessoas também possuem de contar as suas experiências positivas, quase como um grito “ainda tem esperança pessoal”, que sinceramente acho fantástico!

Mas, o que me chamou mais atenção neste episódio foi a rápida viralização, as pessoas entraram na fanpage da empresa e simplesmente avaliaram e deram 5 estrelas, com depoimentos como “Nunca fui lá, mas levaria se morasse em Sampa, mas fica aqui 5 estrelas pelo bom atendimento e honestidade!”.

É estranho pensar isto, em um caso como este, é nítido como estamos carentes de honestidade no país.

Tirando a questão política de lado, e aprofundando na questão de marketing, mais especificamente no marketing digital, vejo que muitas marcas ainda possuem certo receio em mergulhar de cabeça no universo digital, ficam poupando energia, tempo e dinheiro. Pensam mil vezes antes de dar um passo, enquanto as pessoas estão ávidas e prontas para desfrutar e compartilhar suas experiências nas redes sociais.

Então, quando você pensar: “Será que dará retorno se eu investir em uma estratégia digital? Será que meu público alvo está nas redes sociais?”, Será que devo investir em um SAC 2.0?”, entre outras centenas de dúvidas parecidas… A resposta está aí em casos como este.