Como fazer sucesso no Twitter?
Há alguns dias, falei aqui no blog sobre o Pinterest ser uma rede social baseada em desejos, interesses e planos para o futuro.
Estive pensando na forma como as redes sociais se diferenciam entre elas e cheguei à conclusão de que o Twitter também é uma rede de interesses, mas as informações por ali se organizam de outra forma. Se no Pinterest você organiza imagens que podem te ajudar a realizar um plano futuro, no Twitter você escolhe quem seguir para ter informações que te interessa, agora. O que dizer para quem, quando e como.
É preciso saber a hora de conversar com as pessoas. Mais do que isso, saber quando as pessoas querem falar com você. Uma dica importante para as marcas é: as pessoas contam ao vivo no Twitter o que importa a elas.
Eu, que tenho um mestrado em antropologia, adoro explicar o comportamento nas redes sociais usando termos dessa disciplina: os seres humanos sempre se reuniram ao “redes sociais” de acordo com os interesses pessoais. Grupos sociais, grupos de interesses iguais. Na internet é igual. Precisamos ouvir, antes de falar. Analisar os interesses e comportamentos das pessoas com quem queremos conversar.
No caso da gestão de mídias sociais para as marcas, vale pensar: quantas coisas criamos que nós mesmos não temos o menos interesse em ver, ler, compartilhar? “É preciso ser humano. Tirar a armadura de marketeiro. Quanto mais verdadeiro, relevante e consistente, mais resultados a marca terá”, disse Pedro Porto, Head of Brand Strategy do Twitter Brasil, na InterCon 2014.
Aliás, adorei uma frase dele em especial durante sua palestra no evento: “O Twitter é a menor distância e o que te interessa mais. Vc é uma @, o que te interessa é uma #”.
É preciso gerar conteúdo complementar sobre aquilo que interessa ao seu público alvo. O Twitter é o que você gosta acontecendo ao vivo, agora. Menos de 0.5% das contas no Twitter são fechadas. Ou seja, é os usuários dessa rede conseguem uma proximidade muito grande com pessoas comuns, celebridades, marcas. Assim, é preciso prestar atenção ao que importa às pessoas e não à marca.
Por exemplo, segundo uma pesquisa da própria rede social, as pessoas sentem fome às 11h30, 16h30 e 21h30. De manhã, não sabem o que vestir para ir ao trabalho. De noite, antes de ir pra balada. Às 6h37, querem inspiração para correr os 10km. E elas postam sobre isso nesses horários. Podemos ter muitos insights sobre tudo o que vemos na plataforma.
Outro dado interessante revelado pelo Pedro Porto é que os 15 maiores anunciantes do Brasil hoje têm hashtag em suas campanhas na TV. “Companha também são pontes. Como fazer? Use #hashtag. Quando você tem um assunto relevante e constrói uma ponte, as pessoas comentam sobre isso”, disse.
A dica é criar uma comunicação real time nessa rede social a partir de ideias da percepção sobre os assuntos sobre os quais as pessoas querem conversar sobre. Mas é importante lembrar que mesmo o “conteúdo live” deve ser planejado. E, claro, quanto mais você planeja, mais criativo você é.