Você já pensou em se tornar atendimento? E criativo?
É interessante como evoluímos com o passar do tempo, adquirindo experiências distintas e que, em muitos casos, não imaginamos o quanto serão úteis em um determinado momento de nossas vidas.
Pensei em escrever este post para compartilhar um pouco da experiência que está sendo dirigir o departamento de Atendimento da Pulso e também minha história profissional. Quem sabe, inspirar pessoas com histórias similares.
Vamos lá, comecei minha carreira como designer em um birô de arte em Santos, nessa experiência tive que aprender a atender e entender as pessoas, pois eu não precisava simplesmente criar algo para o cliente de acordo com o briefing, tinha que fazê-lo com o cliente sentado ao meu lado! Sim, eu criava diversos materiais de identidade visual com o cliente olhando, palpitando e sugerindo coisas de acordo com suas preferências pessoais, sem pensar na marca em questão. Claro que naquela época eu não entendi o quanto isso seria importante para o meu desenvolvimento.
Sem sequer imaginar, desde essa época eu já estava me tornando e me formando como um atendimento, ouvindo o cliente e entendendo porque ele estava lidando com a marca como se a comunicação fosse para ele, e não para o público-alvo da marca.
Além de entender isso, eu aprendi a defender porque a marca deveria se comportar da forma que eu estava sugerindo, afinal, eu havia estudado para isso e, claro, pesquisado sobre o produto e os stakeholders para criar a defesa e embasamento necessários para alcançar os resultados. Ok, mas vocês devem se perguntar “por que você decidiu mudar de Direção de Arte para Atendimento?”. Não tenho uma resposta de bate-pronto, mas isso começou quando eu já tinha 13 anos de carreira como designer e 5 como diretor de arte aí, de repente, me fizeram a seguinte pergunta:
“Você já pensou em se tornar atendimento?”
Eu, sinceramente, nem entendi o porquê daquela pergunta e de onde veio aquela visão diferente da que eu mesmo imaginava para o meu futuro. Fato é que quando somos vistos como ‘criativos’, em muitos casos achamos que a criatividade é função da equipe de arte, redação ou planejamento, e é aí que está o erro.
“Todos somos criativos, isso é natural do ser humano”
Sempre que surge o assunto, em palestras e até conversas de bar (rs) eu faço uma comparação entre nosso corpo e nosso cérebro, reparem que em ambos os casos, se bem treinados e exercitados, a capacidade e o potencial são absurdos, seja para praticar um esporte radical ou solucionar um problema praticamente impossível. Se absorvermos todo tipo de conteúdo, principalmente se for referente à clientes que vocês estejam desenvolvendo algo ou atendendo, isso vai ser ótimo naqueles momentos em que você precisa de um insight. Ai aproveito o gancho para reforçar o que trabalhamos na Pulso há algum tempo:
“A convergência entre todas as áreas, o planejamento em conjunto. A transdisciplinaridade!”
Voltando um pouco, parece que eu falei que os clientes não nos ajudam em alguns momentos, isso pode até ser verdade, mas em muitos ou grande maioria deles, se não sabemos onde queremos chegar, precisamos de alguém que vivencia isso para apontar os atalhos, e ninguém mais embasado do que o cliente. Portanto pergunte, questione, provoque, mas não culpe o cliente sem tentar arrancar todas as informações necessárias para que você atinja o seu objetivo. Tendo dito isso, o jeito que você vai solucionar fica a seu critério, o importante é resolver o problema.
Ainda sobre os clientes, se não fossem eles – empresas e pessoas – nada disso seria possível. Então minha dica é valorizar as parcerias, essas raízes que construímos, esse conhecimento que, em muitos casos achamos que não serão úteis, serão e, por incrível que pareça, quando você menos esperar. O importante é lembrar que são pessoas falando com pessoas, temos dias bons e ruins, entenda melhor o seu cliente – sim, a pessoa – não se preocupe apenas com a empresa para qual ele trabalha, isso é o básico.
Sou formado em Publicidade e Propaganda e especializado em Direção de Arte e, como dito anteriormente, me ‘aventurei’ no atendimento e agora sei o quanto fui “treinado”, mesmo que sem querer, para isso. Descobri que relacionamento, empatia, atendimento e entendimento foram habilidades adquiridas durante toda a experiência que tive na vida, seja de trabalho ou não, proposital ou não, pura semiose!
Tem aquela frase pronta que fala o quão gratificante é acordar todos os dias para trabalhar com o que a gente gosta, mas é verdade, no meu caso é a comunicação, seja através da internet, falando, escrevendo, enfim. Tenha um objetivo claro em mente, o meu, assim que entrei na Pulso, era me tornar sócio e, felizmente, consegui isso em meados de 2015, se não me engano. Isso é muito bom, mas o trabalho não para por aqui, pelo contrário, ele está apenas começando.
Pra finalizar, a mensagem principal que eu queria deixar é que, independente da área que você optar, tente escolher muito bem o segmento, pelo menos. Humanas? Exatas?! Que seja, só tenha um objetivo e crie as oportunidades, ouça mais, fale menos. Essa é uma grande dificuldade que todos temos hoje em dia, perdemos muito tempo tentando pensar na resposta enquanto o outro está falando, ou seja, não estamos realmente ouvindo.
“Não conseguimos solucionar um problema se não entendemos ele por completo.”
Acho que é isso, espero que esse artigo ajude de alguma forma e, claro, se tiver alguma dúvida ou quiser me contatar pelo Linkedin.
Grande abraço.