Elon Musk desiste, oficialmente, da compra da rede social Twitter. E nós, meros mortais, profissionais do marketing digital, ficamos aqui no meio dessa novela sem entender nada. Mas vamos tentar achar alguns pontos para elucidar o que se passa na cabeça do Bilionário.

Para começar, o CEO da Tesla informou que o Twitter deixou de passar as informações sobre fake news e perfis falsos existentes na plataforma, o que era uma das principais preocupações de Musk. 

Entendendo melhor a confusão dos fakes

Em maio deste ano, o bilionário já havia afirmado que pelo menos 20% dos usuários do Twitter eram perfis falsos, de spam ou controlados por “bots”. Declarou ainda que retiraria a oferta caso o Twitter não provasse que esses perfis (que existem em todas as redes), correspondessem a menos de 5%.

Pois parece que essa prova não chegou. E isso nos leva a seguinte pergunta:

Por que Elon Musk está tão preocupado com esses perfis falsos?

Todos sabemos que no mercado não existem santos, e que a rede social “oferece” entretenimento em troca de vender espaço para as empresas anunciarem seus produtos. É simples assim que as gigantes da tecnologia de redes sociais ganham dinheiro.

Não é preciso ser nenhum gênio da matemática para saber que se 20% dos usuários de uma plataforma não são pessoas de verdade, então seu anúncio vai aparecer para menos 20% de pessoas reais, correto?.

Portanto, essa seria uma explicação mais do que plausível para a desistência da compra, mas isso nos leva a outra pergunta:

Ah, mas e todo aquele papo político sobre o poder de uma mídia social nas mãos de um homem só?

Ao que tudo indica, o dinheiro venceu mais uma vez, e na verdade nua e crua, o bilionário estava de olho mesmo é no lucro da venda dos anúncios, se no caminho houvesse alguma chance de usar a rede social em benefício político, bem, porém, não pareceu ser a preocupação principal.

Pois bem, vemos o liberalismo, mais uma vez dando as cartas no jogo, e a preocupação com lucro e sustentabilidade financeira, vencendo até mesmo a chance de dominar uma das mídias mais influentes do planeta.

O outro lado da moeda

Já o atual CEO do Twitter, Parag Agrawal, respondeu às críticas afirmando que o levantamento de perfis falsos, nos últimos quatro trimestres, representa bem menos de 5%.

Afirmou, ainda, que os dados não podem ser revelados por conta da necessidade de se usar informações privadas para determinar se uma conta é spam ou não.

E aqui ficamos nós, sem saber o porquê exato Elon Musk quer comprar e o porquê exato o Twitter não consegue vender. Para conferir o primeiro capítulo dessa novela, clique aqui.

Mas, como sempre, a gente fica atento às novidades desse nosso mundo agitado do marketing digital e redes sociais, trazendo novidades, opiniões, e quem sabe diversão, aqui no Blog Pulsando.