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maio.2022

O Twitter tem um novo dono. O que deve mudar depois de sua compra por Elon Musk?

O bilionário Elon Musk comprou o Twitter por uma quantia que não sabemos nem escrever aqui e tudo aponta para grandes mudanças na rede social que é utilizada por mais de 300 milhões de usuários diariamente.

As agências de marketing digital e muitos usuários estão se perguntando o que deve mudar na plataforma do passarinho azul, não só mudanças de código e usabilidade, como também sua influência no discurso político que tem sido debatido há algum tempo. Vamos começar pela usabilidade.

O que deve mudar na usabilidade do Twitter?

Entre as principais mudanças previstas, baseando-se no que o próprio novo dono andou falando por aí, estão:

    • Implementar um botão de edição para evitar erros em mensagens;
    • Abrir o código do algoritmo. Teoricamente isso deve evitar “manipulação” por dentro da plataforma para influenciar feeds, alimentar propagandas x ou y e afins que já conhecemos bem;
    • Autenticar todos os “humanos reais”. Musk disse que a principal prioridade será eliminar os bots de spam e golpes no Twitter.

Mas será mesmo que essas são as prioridades do Bilionário?

A famigerada liberdade de expressão

O Twitter e outras redes sociais podem parecer bastante comuns quando pensamos que sua ideia principal, pelo menos no papel, é promover entretenimento, mas é notório que seus poderes vão muito além disso.

É bastante óbvio que a compra da plataforma pelo bilionário, vai muito além de mais um investimento qualquer para ganhar mais dinheiro.

Musk é um autoproclamado “absolutista da liberdade de expressão”, e um famoso opositor das restrições de conteúdo impostas pelo Twitter. Portanto, é justo pensar que a principal mudança que devemos esperar seria o “relaxamento” das políticas de moderação.

Mas isso não pode ser um passo para trás no combate à Fake News e discursos de ódio? 

Sim, até falamos sobre isso aqui no blog mesmo. Um alerta se acende toda vez que uma mídia com um poder tão grande de influência é comprada e passa a ter um único dono que não “precisa” ouvir muitos conselhos para tomar decisões que podem afetar o rumo de uma eleição, por exemplo.

Adam Connor, ex-funcionário do Facebook e vice-presidente de política de tecnologia do Center for American Progress disse que: “A compra do Twitter feita por ele (Musk) faz com que um serviço essencial fique ainda menos transparente e inexplicável”.

Tudo indica que essa compra é mais por questões ideológicas do que propriamente investimento, não é mesmo?

Será necessário um esforço muito grande para encontrar o equilíbrio perfeito entre a liberdade de expressão e o controle de informações falsas e odiosas.

O Futuro do Twitter de um homem só

Agora, as agências de marketing digital e os usuários só podem esperar para ver os planos e as mudanças que Elon Musk vai conseguir implementar na plataforma, enquanto isso, a gente vai vivendo nessa eterna crise existencial digital de tentar entender se estamos seguros ou não, se temos liberdade de expressão ou não. 

Aproveita para ler mais sobre redes sociais aqui no Blog Pulsando. 

A gente se vê.